Os principais peixes das águas brasileiras
Conheça as principais espécies peixes das águas brasileiras
Peixes das águas brasileiras, principais espécies esportivas de rios, lagos e represas.
Apaiari - Astronotus ocellatus
Família: Cichlidae
Características: É um peixe exótico da região amazônica pertencente à família Cichlidae (a mesma da tilápia, acarás e dos tucunarés). Por sua beleza, é muito procurado pelos aquaristas o chamam de “oscar”. Apesar de pequeno e dócil, medindo em média 30 cm e pesando até 1 kg, é valente, tem aspecto robusto e proporciona boas brigas aos pescadores. Sua nadadeira caudal é simétrica e bem desenvolvida. Apresenta na sua base um ocelo (falso olho) escuro no centro e vermelho ou alaranjado ao redor que protege o animal contra os predadores que costumam atacar a cabeça da presa, perdendo, assim, apenas parte da cauda.
Hábitos: Onívoro, sua dieta é formada, principalmente, de pequenos peixes, crustáceos e larvas de insetos. A fêmea deposita cerca de mil ovos para o macho fecundar. Quando nascem, após três ou quatro dias, os filhotes são protegidos pelo casal e inicia-se um violento esquema de proteção à prole. O macho transporta os alevinos na boca para os buracos construídos no fundo do rio, onde serão vigiados pelo casal. Na natureza, a reprodução costuma ocorrer de julho a novembro.
Curiosidades: Não apresenta dimorfismo sexual aparente e são monogâmicos, ou seja, o macho tem uma única fêmea. Quanto atinge 18 cm de comprimento torna-se sexualmente maduro, portanto, esse é o tamanho mínimo para sua captura. Durante o acasalamento, o macho e a fêmea ficam frente a frente com as bocas abertas para iniciar o ritual. Após algumas investidas, mordem-se mutuamente puxando o companheiro para o lado. Então, o casal separa-se do cardume à procura de um local apropriado e seguro para a desova.
Onde encontrar: Originário da região amazônica, a espécie também foi introduzida em açudes do Nordeste e nas represas do Sudeste do país. Preferem viver em pequenos cardumes e habitam as águas paradas de fundo lamacento ou arenoso junto a paus, pedras e outras estruturas. Por serem territorialistas, dificilmente são encontradas outras espécies nos lugares onde os apaiaris ficam. Os maiores exemplares são encontrados com freqüência nas vegetações e galhadas de espraiados ou de curvas de rios com profundidade entre 30 cm e um metro. Nestes locais, preste bem atenção porque é possível vê-los nadando na superfície.
Dica para pescá-lo: Na pesca do apaiari, deve-se ter paciência porque o peixe costuma estudar a isca antes de mordê-la. Muitas vezes é necessário trabalhá-la diversas vezes rente ao peixe até ser atacada.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Apapá - Pellona castelnaeana
Família: Pristigasteridae
Outros nomes comuns: sardinhão, dourada, amarela, sardinhão-amarelo, peixe-novo e tubarana.
Onde vive: bacias amazônica e do Tocantins-Araguaia.
Tamanho: até 70 cm de comprimento total e 7,5 kg. O recorde na IGFA é de do rio Caura, na Venezuela, com 7,1 kg.
O que come: insetos e peixes pequenos.
Quando e onde pescar: o ano todo, em locais com corredeiras, nas desembocaduras de igarapés, entradas de baías e confluências de pequenos rios.
Dica de pesca: Apesar de atacar muito bem iscas artificiais de superfície e sub-superfície, o apapá pode “fajutar” e parar de atacá-las. Se isso acontecer, faça um intervalo de alguns minutos para “descansar” o local. Para aumentar a eficácia das fisgadas, use sempre linha de multifilamento e anzóis tão finos e afiados quanto possíveis. Frágil fora da água, o apapá deve ser devolvido rapidamente ao rio.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Aruanã - Osteoglossum bicirrhosum
Família: Osteoglossídeos
Características: Este singular peixe pode ser encontrado nas calmas e quentes águas das bacias Amazônica e do Tocantins. Costuma freqüentar os lagos rasos e a floresta alagada durante a cheia. Podem ser observados muitas vezes aos pares nadando sempre próximos da superfície. Isto pode muitas vezes indicar que estão próximos ou já é tempo de reprodução. Devido ao formato recomenda-se pescá-los com equipamentos leves a médios, a força do peixe não é muito grande. Um bom arranque de náilon mais grosso evita que o peixe corte a linha. Atinge cerca de 1,8 m e pouso mais de 4 kg. A cor é geralmente verde clara com as bordas das escamas rosadas. O dorso é verde escuro e o centro das escamas do flanco prateado ou dourado. A linha lateral é curta e bem evidente.
Hábitos: Os aruanãs são predadores carnívoros que se alimentam de uma série de itens tais como invertebrados aquáticos e terrestres como insetos e aranhas; pequenos peixes; sapos, cobras e lagartos também são apreciados. Os seus maiores sentidos são a visão e um par de curtos barbilhões encontrados na junção (sínfise) da mandibular.
Curiosidades: Apresentam cuidado parental com a prole a protegem os filhotes na boca. Requer um manuseio rápido e cauteloso, já que a boca ornada de dentes cortantes se abre para cima, o que dificulta apanhá-lo. Uma boa dica é efetuar o embarque com um puçá sem nós na malha ou com um alicate de contenção preso na lateral da boca. Geralmente são ruins de manuseio e morrem se permanecerem muito tempo fora d’água.
Onde encontrar: Nos rios da bacia Amazônica e do Orinoco. Percorrem pequenos rios, igarapés e trechos de florestas inundadas. Estão sempre bem próximos da superfície, onde caçam dentro e fora d’água. Costumam dar grandes saltos, de até 2 metros, para apanhar artrópodes ou fugir de predadores como os botos. A espécie predominante é o Aruanã ( Osteoglossum bicirhossum ). No rio Negro encontra-se o Aruanã preto ( O. ferreirai).
Dicas para pescá-lo: A pesca do Aruanã costuma ser mais efetiva se as iscas forem arremessadas à frente dos peixes, com a distância situada entre 3 e 5 metros.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Barbado - Pinirampus pirinampu
Família: Pimelodidae
Características: chega a pesar 12 kg quando adulto e vezes ultrapassa 1,20 metro – são raros exemplares com esse porte. Tem seis barbilhões longos e achatados em forma de fita junto ao canto da boca, que originou seu nome popular, e a nadadeira adiposa muito longa que começa logo após a nadadeira dorsal chegando próxima a nadadeira caudal. Sua forma é tipicamente alongada e levemente achatada. De cor prateada, logo quando é retirado da água ganha um tom levemente esverdeado tornando-se mais claro na região ventral.
Hábitos: Como a maioria dos bagres, frequentemente, habita o fundo dos leitos de rios de médio e grande porte com águas escuras e barrentas. O barbado realiza suas funções básicas quando a temperatura da água está por volta de 22 ° a 28 ° C a qual podemos chamar de conforto térmico. Dentro dessa faixa de temperatura ele consegue se alimentar, reproduzir e se desenvolver normalmente.
Curiosidades: Sua reprodução costuma acontecer nos períodos de cheias com as inundações das margens dos rios apresentando uma coloração mais clara. Carnívoro e com uma ampla boca com pequenos dentes em forma de lixa para a captura da presa, sua dieta inclui vários itens alimentares, como por exemplo, camarões de água-doce e pequenos anfíbios, mas costuma ser um piscívoro bastante voraz.
Onde encontrar: Esse peixe de couro liso é muito comum nas bacias Amazônica (Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso) Araguaia-Tocantis (Pará, Tocantins e Goiás) e do Prata (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul).
Dica para pescá-lo: Por povoar mais ou menos as mesmas regiões de pesca do pintado e da cachara, pode ser pego com certa facilidade durante a pesca dessas espécies. Para capturá-lo, também é possível utilizar o mesmo equipamento, de médio a pesado, mas é um peixe que briga muito quando fisgado com mais força que a cachara ou o pintado. Pode ser pescado durante todo o ano e os melhores períodos são durante a noite e ao amanhecer.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Bicuda - Boulengerella cuvieri
Família: Ctenoluciidae
Características: com corpo alongado, roliço e um pouco comprimido, esse peixe de escamas apresenta diferentes padrões de coloração e classes de comprimento máximo. Com boca grande e pontuda e cartilagem muito dura, os maiores exemplares são capazes de superar um metro de comprimento total podendo até ultrapassar cinco quilos. Como existem várias espécies de bicudas, sua coloração varia muito. Normalmente, o dorso é cinza com os flancos e o ventre prateados. A nadadeira dorsal está localizada na metade posterior do corpo e seu último raio, assim como na anal, é um pouco mais comprido. As nadadeiras pélvica e anal apresentam a margem preta e a caudal uma faixa preta nos raios medianos
Hábitos: piscívoro, é extremamente voraz e grande saltador, um dos aspectos marcantes dessa espécie, é extremamente hábil para saltar fora d’água quando se alimenta. Com um cardápio formado por uma série de peixes menores e crustáceos, costuma atacar suas presas com ímpeto dando saltos sucessivos e acrobáticos saindo em disparada, com o corpo todo para fora, sendo impulsionado somente pela nadadeira caudal, que permanece dentro da água, para evitar que outros da mesma espécie roubem a valiosa presa.
Curiosidades: não formam grandes cardumes e os indivíduos maiores são solitários. Para desovar não costumam realizar migrações.
Onde encontrar: normalmente encontrado nas regiões norte e centro-oeste nos Estados de Mato Grosso e Goiás, Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, está sempre à procura de cardumes que estão se alimentando na flor d’água como, por exemplo, lambaris e outros peixes menores.
Dica para pescá-lo: por ser um peixe pelágico de água doce, fique atento, pois ele costuma nadar perto da superfície e meia-água em locais de pouca correnteza até moderadamente rápida: remansos, bocas de baias e igarapés, águas rápidas etc.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Black Bass - Micropterus salmonides
Família: Ciclídeos
Características: Peixe de escamas da família dos ciclídeos – a mesma dos jacundás e acarás – e figura entre os melhores para pesca esportiva. Verde-oliva na parte superior, o black bass apresenta uma lista preta na lateral. Na parte inferior, tons entre amarelo bem claro e branco. Por ter boca grande, é conhecido nos EUA como largemouth . Não possui dentes e agarra suas presas com uma espécie de lixa localizada nas partes superior e inferior da boca.
Hábitos: São carnívoros vorazes e se destacam pelo arranque e agressividade. Embora prefiram águas límpidas e correntes, podem ser criados em tanques artificiais. Atingem maturidade sexual no fim do primeiro ano. Suas larvas alimentam-se de plâncton; os alevinos, de insetos e vermes; e os adultos, basicamente de outros peixes. As fêmeas fazem posturas forçadas e, dependendo do tamanho, chegam a depositar de 3 a 4 mil e 500 ovos por desova. Costuma sair para caçar em horários específicos: de manhã e no final da tarde. O horário menos produtivo é o sol quente, quando o peixe procura abrigo, diminuindo a atividade.
Curiosidades: Predador de água doce, cobiçado e presente em vários países do mundo, o black bass é originário da América do Norte, mais especificamente do Canadá. No Brasil, foi introduzido por volta dos anos 60 e habita atualmente várias represas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. O comportamento alimentar pode variar com as estações do ano. Por isso, o peixe procura sempre habitats diferentes. Em épocas frias, por exemplo, prefere regiões fundas onde haja uma zona termoclimática mais conveniente, sempre próxima a barrancos, pedras, galhadas ou vegetações aquáticas, aproveitando os esconderijos para surpreender suas presas. Quando pequeno, caça em pequenos grupos, mas na medida em que cresce tende a se tornar um caçador solitário em cardumes de no máximo três ou quatro exemplares. Só é encontrado aos pares na época do acasalamento, até o momento em que deixa de cuidar dos filhotes.
Onde encontrar: Está presente em todos os estados da região Sul e Sudeste, menos no Espírito Santo. Foi introduzido em diversas represas com a finalidade de controlar a proliferação de pirambebas (espécie de piranha). Como todo predador, esconde-se atrás de troncos, pedras, vegetação, degraus, píeres etc., no intuito de enganar suas presas.
Dicas para pescá-lo: Para melhorar suas chances com o bass, use tralha leve. Linhas finas de fluorcarbon e anzóis bem afiados são uma boa pedida. Além de aumentarem a sensibilidade, ajudam muito na fisgada.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Cachara - Pseudoplatystoma fasciatum
Família: Distribuídas em nove famílias, entre elas os jaús e as piraíbas.
Características: Pode ser diferenciada das outras espécies do gênero pelas manchas, que se apresentam em forma de malhas, começando na região dorsal e se estendendo até próximo ao ventre. Pode alcançar mais de 1,20 m de comprimento total, pesando mais de 25 quilos em alguns casos. Seu ataque é rápido e certeiro. Tem a cabeça enfeitada por seis barbas compridas, que funcionam com o órgão sensitivo. Possuem corpo alongado, aerodinâmico e roliço, com esporões nas pontas das nadadeiras peitorais e dorsal. A cabeça é achatada e grande, aproximadamente um terço do total. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, onde pode chegar ao branco, logo abaixo da linha lateral.
Hábitos: Tem hábitos noturnos e é piscívora, alimentando-se de uma série de peixes com preferência para peixes de escamas como, por exemplo, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás, camarões, peixes de porte menor e outros organismos aquáticos. A migração reprodutiva (piracema) rio acima da espécie acontece durante a seca ou a partir do início da enchente.
Curiosidades: É um dos grandes bagres fluviais existentes em nossa fauna aquática e, muitas vezes, é chamada erroneamente de pintado. Na classificação zoológica, os peixes chamados de siluriformes são aqueles que apresentam o corpo revestido de couro. No Brasil, existem mais de 600 espécies desses peixes. Outros siluriformes são os vários tipos de surubim, como o surubim-pintado e o surubim-cachara, que pertencem à família dos Pimelodídeos. No Pantanal, é conhecido vulgarmente por cachara e, na Bacia Amazônica, como surubim.
Onde encontrar: Costumam ser encontradas em canais de rios, poços profundos e grandes – como final de corredeiras – praias, matas inundadas e igapós, onde espreitam suas presas e, ao mesmo tempo, têm refúgio dos seus predadores. No final da tarde até o amanhecer, alimentam-se de pequenos peixes de escamas e camarões, mas são mais ativos durante a noite. As mais jovens costumam ser mais inquietas enquanto as adultas esperam quase que imóveis por sua presa. Estão mais presentes nas regiões Norte e Centro-Oeste, nas Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Dica para pescá-lo: Apesar de escassos e de pequeno porte, em alguns pontos, como no Pantanal, ainda há ótimos locais onde podem ultrapassar 20 kg, como na região entre o Pará e Mato Grosso. As cacharas são mais encontradas de fevereiro à outubro, sendo melhor as épocas de seca.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Cachorra - Hydrolicus armatus
Características: Dentre os sete tipos de cachorra com ocorrência constatada no território nacional, a cachorra larga ocupa um lugar de destaque. Por seu impressionante porte que pode atingir mais de um 1 metro de comprimento e ultrapassar a massa de 10 kg, colocam-na entre as espécies alvo para os pescadores que se dirigem à Bacia Amazônica. Seu corpo é alongado e bastante comprimido. A cabeça é relativamente pequena, mas tem dois olhos bem grandes, e possui uma poderosa e imensa boca que está ornada com grandes dentes caninos – dois deles, situados na mandíbula após o “queixo”, ficam alojados em depressões presentes na maxila superior. A cor geral é prata, prata azulado, podendo ter o dorso mais escuro com tons de marrom ou preto. A nadadeira caudal é truncada e raramente está inteira, já que as piranhas e outros peixes parecem apreciar bastante este petisco.
Hábitos: Forma cardumes não muito numerosos, o que torna a pesca muitas vezes bem produtiva. Alimenta-se de outros peixes que apanha com rápidas e violentas arrancadas. É um peixe fantástico e que exige uma certa perícia dos pescadores para lograr sua captura.
Curiosidades: Sua carne não tem valor nem mesmo para um assado na beira do rio por possuir muitas espinhas e ter sabor levemente adocicado. Mesmo assim, alguns goumets são capazes de realizar maravilhas com este peixe no prato, mas só os experts. Para aproveitar o ensejo, fica aqui um apelo especial para a cachorra: apesar de todos sua bravura e rapidez, é um peixe que se cansa com muita facilidade e não tolera um manuseio excessivo fora da água. Neste momento, se deixada sem se recuperar, torna-se presa fácil para outros peixes, especialmente as piranhas. O manuseio deve ser o mais rápido possível, principalmente com os grandes exemplares. Mantenha-a na água o maior tempo que puder para tirar a isca e ajeitar a câmera fotográfica. Cuidado com seus dentes longos e afiados porque não incomum causa sérios ferimentos. Por último, manuseie o animal com as mãos molhadas, este peixe produz uma abundante quantidade de muco. Espere o indivíduo recuperar-se bem antes de soltá-lo e boa pescaria!
Onde encontrar: É encontrado na calha dos principais afluentes do Amazonas – freqüentando também o próprio rio – levando-se em consideração somente a área do país. Pelágico, está constantemente exercitando-se em águas mais rápidas escondendo-se atrás de obstáculos como pedras, troncos e galhadas. Raramente entra na região de águas paradas podendo ser achado também nas bocas de lagoas. Algumas vezes pode ser encontrado dentro do rio, na junção de massas de águas com diferentes velocidades, ou em poços.
Dicas para pescá-lo: Por ter uma boca dura e difícil de perfurar, fisgue sempre para cima, não para os lados, com o objetivo de não deixar a cachorra escapar.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Corvina - Plagioscion squamossissimus
Família: Sciaenidae
Características: Corpo comprimido lateralmente, coberto de escamas e com linha lateral bem visível. Apresenta dorso prateado com linhas oblíquas levemente azuladas, flanco e ventre prateados. Duas nadadeiras dorsais bem próximas uma da outra. A boca é oblíqua, com grande número de dentes recurvados e pontiagudos. Possui dentes na faringe e a parte posterior dos arcos branquiais apresenta projeções afiadas com margem interna denteada. Alcança mais de 50 cm de comprimento e massa superior a 5 kg. O tamanho mínimo para captura é 25 cm. Sua carne tem bom valor comercial por ser branca e suave, muito apreciada na gastronomia.
Hábitos: Carnívora, alimenta-se de peixes, camarões e insetos. Apresenta comportamento próprio de canibalismo. Os maiores exemplares costumam ser pescados ao entardecer e à noite em poços profundos. Como muitas vezes o cardume está no fundo, a fisgada tem que ser firme para o peixe não escapar.
Curiosidades: A espécie foi muito usada para povoamento de represas do Sudeste e Sul. É conhecida como corvina de água doce ou pescada do Piauí. Existem três gêneros de corvina de água doce. O Plagioscion , o Pachypops e o Pachyurus . A identificação desse gêneros se baseia na estrutura do ouvido interno chamado de otólitos, que são responsáveis pela percepção espacial do peixe (percepção de sua posição na água). O Plagioscion squamossissimus é uma espécie nativa da Amazônia que foi introduzida em várias regiões do Brasil, sendo que na região Sudeste em maior número.
Onde encontrar: É encontrado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, sendo pescada durante o ano todo. Espécie de fundo e de meia água, sedentária, forma grandes cardumes na porção central de lagos, lagoas e reservatórios. Não descarta-se a possibilidade de captura em águas rasas, pois em grandes represas ela costuma usar os canais como forma de orientação em suas incursões a águas menos profundas, atrás de presas que se alimentam próximo das margens.
Dicas para pescá-lo: O melhor período para pescá-las é pela manhã bem cedo ou no final da tarde e à noite. Para aumentar suas chances de fisgar as maiores, mantenha a isca em movimento, mesmo quando estiver pescando com uma viva
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Curimbatá - Prochilodus scrofa
Família: Prochilodontidae
Características: possui a boca terminal, ou seja, localizada na região anterior da cabeça, em forma de ventosa. Os lábios são grossos e os dentes são numerosos e muito pequenos, dispostos em fileiras podendo se alongar e retrair conforme a situação. As nadadeiras adiposas são bem pequenas, localizadas no dorso, próximo à cauda. Muito rústicos, apresentam hábito alimentar iliófago, o que significa que os curimbatás alimentam-se de pequenos crustáceos e larvas que encontram no lodo do fundo do rio, sendo, por isso, considerados dentritívoros,ou comedores de detritos. Seu longo trato digestivo aproveita material nutritivo que outras espécies não conseguem. As escamas são ásperas e a coloração é prateada escura. A altura do corpo e o comprimento variam de acordo com a espécie. Em algumas espécies os machos podem pesar mais de cinco quilos e atingir 58 cm, e as fêmeas 70 cm e pesar 5,5 quilos, às vezes mais de 6 quilos Outras espécies apresentam apenas centenas de gramas.
Hábitos: Os curimbatás realizam, sempre em grandes cardumes, longas migrações reprodutivas (piracema) para desovar em condições mais favoráveis ao desenvolvimento da prole. Nessa época os machos emitem sons (roncos) que podem ser escutados até fora d’água. Eles vibram uma musculatura especial, e com auxílio da bexiga natatória, produzem um som típico de piracema. Os machos nadam ao lado das fêmeas – que em dado momento expelem seus óvulos. E é no instante em que os óvulos são expelidos que os machos os fecundam com descargas de esperma. Os curimbatás são muito profílicos, podendo uma única fêmea desovar mais de um milhão de óvulos por temporada.
Curiosidades: Devido às inúmeras espécies de peixes e aves predadoras que se alimentam dessa espécie, o curimbatá pode ser considerado a sardinha dos rios brasileiros. As quantidades em que são encontrados em alguns rios, principalmente na época da piracema, impressiona até as pessoas acostumadas com sua presença, tamanha a abundância deles nos rios. O período reprodutivo ocorre na primavera e começo do verão quando geralmente os espécimes estão com grandes reservas de energia (gordos) e não costumam se alimentar. Eles são facilmente observados em corredeiras e obstáculos, quando dão grandes saltos para atingir a cabeceira dos rios.
Onde encontrar: A distribuição natural da espécie é feita pelos rios de todo país: Bacia do Prata, Bacia do São Francisco, Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Ele foram introduzidos, por meio de peixamento.
Dica para pescá-lo: por se alimentarem basicamente de detritos orgânicos, é comum que estes peixes se aglomerem em áreas com fundos lodosos das partes baixas (terço final) dos grandes rios. A evolução adaptativa conferiu a estas espécies grande capacidade de freqüentar ambientes com baixa quantidade de oxigênio dissolvido, característicos destes fundos de leito onde a água é mais parada.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Dourado - Salminus maxillosus
Família: Salminus
Características: Considerado o “rei dos rios”, o dourado pertence a uma família que tem o corpo lateralmente deprimido e o maxilar inferior proeminente. O tempo médio de vida é de 15 anos e seu porte varia de acordo com seu habitat; são encontrados exemplares de 70 a 75 cm e peso de 6 a 7 kg na Bacia do Paraguai, no Pantanal. Na Bacia do Prata e Bacia do São Francisco, alguns raros exemplares podem atingir os 20 kg. A espécie apresenta o chamado dimorfismo sexual, com as fêmeas sendo sempre maiores que os machos, podendo atingir mais de um metro de comprimento. O dourado macho tem espinhos na nadadeira anal, que não aparecem na fêmea.
Conforme vai ficando adulto, sua coloração se torna amarelo-dourado, possuindo reflexos avermelhados com uma mancha na cauda e estrias escuras nas escamas; na parte inferior, a coloração clareia gradativamente, com cauda e barbatanas possuindo coloração avermelhada. Cada escama apresenta um pequeno filete negro no meio, formando riscas longitudinais dessa cor desde a cabeça até a cauda e do dorso até abaixo da linha lateral. Possuem anal longa e grande número de escamas na linha lateral.
Hábitos: Carnívoro agressivo e canibal, o dourado se alimenta de pequenos peixes nas corredeiras e nas bocas de lagoas, principalmente durante a vazante, quando os outros peixes migram para o canal principal. Sua dieta é formada basicamente por tuviras, lambaris e piaus.
Os exemplares nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas migrações reprodutivas – piracemas -, podendo deslocar-se até 400 km rio acima e percorrendo uma média de 15 km por dia.
Curiosidades: É o maior peixe de escamas da Bacia do Prata e pode saltar mais de um metro para fora d’água quando está subindo o rio para desovar, vencendo grandes quedas d’água com facilidade.
Onde encontrar: Devido à construção de diversas barragens nos grandes rios brasileiros, a espécie tem seu estoque populacional diminuído consideravelmente; porém, ainda é encontrado durante todo o ano, principalmente na Bacia do Prata, onde vivem nas corredeiras e na boca de lagos durante a vazante – à procura de alimento.
Durante a desova, procuram as cabeceiras dos rios, de águas mais limpas, onde os alevinos têm maior chance de sobrevivência. O tamanho mínimo para captura é de 60 cm.
Dica para pescá-lo: A espécie tem a boca muito dura e com poucas partes em que a garatéia possa se prender. Por isso, o uso de iscas artificiais pequenas é bastante indicado, por se acomodarem melhor na boca do peixe. Afiar os anzóis também ajuda na hora da fisgada.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Jacundá - Crenicichla spp.
Família: Cichlidae
Características: Esse peixe apresenta a boca grande e desprovida de dentes com a mandíbula um pouco maior que o maxilar superior. O corpo é comprido e alongado e a nadadeira caudal é acentuada. Já a nadadeira dorsal vai desde a cabeça até próximo a cauda. Os machos exibem a nadadeira caudal e anal mais pontiagudas em relação às fêmeas e o corpo mais magro e esbelto. Muito colorido e com várias subespécies que têm como padrão manchas variando conforme a espécie – podendo até apresentar faixas verticais nos flancos – sempre apresentam uma faixa longitudinal mais escura ao longo do corpo se estendendo do olho até o pedúnculo da nadadeira caudal e um ocelo negro na parte superior do pedúnculo caudal. Podem apresentar também uma mancha negra logo atrás dos olhos, um pouco acima da nadadeira peitoral.
Hábitos: Enquanto suas larvas se alimentam de plâncton, os alevinos e os adultos são carnívoros comendo pequenos peixes, camarões, pequenos invertebrados, insetos, minhocas e vermes encontrados no fundo dos rios ou próximo ao fundo do corpo d’água. Na época das cheias, quando as águas ficam barrentas, é comum encontrá-lo na superfície à procura de alimentos. Normalmente encontrado em cardumes, apesar de hábitos tímidos, é predador e agressivo até com exemplares menores de sua própria espécie. Raramente ultrapassa 35 cm de comprimento total e prefere água com temperatura em torno de 20°C e 25°C.
Curiosidades: O jacundá atinge a maturidade sexual ao final do primeiro ano de vida. Alguns depositam ovos sobre uma superfície previamente limpa e são constantemente vigiados pelos pais, que passam a defender esse território de outros predadores até que eclodam. Além disso, permanecem ao lado dos filhotes até que eles possam nadar livremente à procura de comida. Outros liberam os ovos que são imediatamente fecundados e depois incubados na boca até que os filhotes nadem tranqüilamente.
Onde encontrar: A espécie habita a Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco. Como todos os ciclídeos, é uma espécie sedentária freqüentando a parte média e inferior de águas paradas (lagos, lagoas, remansos de rios e represas ). É localizado sempre perto de troncos, galhadas, ambientes com grandes quantidades de plantas, capim e tocas de pedras – lugares típicos para se esconder.
Dica para pescá-lo: É um peixe extremamente territorialista e normalmente encontrado nadando no mesmo lugar. Além dessa característica, é muito desconfiado e só sai da toca quando está sozinho ou quando está certo que não é observado por algum predador.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Jaú - Paulicea luetkeni
Família: Pimelodidae
Características: É um dos maiores do Brasil. Peixe de couro, piscívoro, chega a pesar 120 kg e medir 1,60 m. É, sem dúvida, um sinônimo de força. O peso pesado de nossos rios, também chamado de Giant Catfish, pertença à família Pimelodidae, tem a coloração parda com manchas escuras no dorso e abdômen branco. Os juvenis são conhecidos como jaús-poca e apresentam coloração amarelada, com manchas em tom violeta. Sua cabeça é achatada e grande, aproximadamente 1/3 do total. O corpo é grosso e curto, com esporões nas pontas das nadadeiras.
Hábitos: Por ser carnívoro e ter hábitos noturnos, é mais facilmente capturado no final da tarde até o amanhecer, sendo percebido devido aos rebojos que forma na superfície. Costuma ser encontrado no canal do rio, principalmente em poços fundos e grandes na época das cheias. Quando o rio está mais baixo, o jaú costuma acompanhar os cardumes que migram rio acima. Apesar de seu grande porte, seu ataque é rápido e certeiro.
Curiosidades: Recomenda-se tralha pesada, pois oferece grande resistência quando fisgado. As caras são de ação pesada e extra pesada (30 a 50 lb), linhas de 50 a 80 lb e carretilhas ou molinetes que comportem por volta de 150 m; chumbadas do tipo oliva entre 200 g e 1 kg, dependendo da profundidade e força da água, pois é muito importante que a isca fique no fundo. As iscas mais eficientes são a tuvira, muçum ou pirambóia, cascudos, traíra, piaus, piabas e minhocuçu, devendo ser iscados vivos e inteiros. Pode-se optar também por coração de boi, fígado de boi ou tripa de galinha.
Onde encontrar: Os jaús costumam ser encontrados em canais de rios, poços fundos – como o final de corredeiras – nas regiões Norte, Centro-Oeste, e em alguns locais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Apesar de escassos e de pequeno porte, em alguns pontos, como no Pantanal, ainda há ótimos locais onde podem ultrapassar 50 kg, como na região entre o Pará e Mato Grosso.
Dicas para pescá-lo: Para uma fisgada mais eficiente, não tenha pressa. Espere o peixe colocar a isca na boca e deixe-o tomar um pouco de linha. Quando sentir o peso, dê aquela puxada.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Jundiá - Rhamdia sebae
Água: doce
Espécie de couro de água doce, da família Pimelodidae, pode atingir até um metro de comprimento e 10 quilos de peso. A sistemática do gênero Rhamdia é confusa desde que foi descrita. Recentemente, pesquisadores promoveram uma ampla revisão taxonômica do gênero, baseada em caracteres da morfologia interna. A conclusão é que esse gênero é formado por apenas 11 espécies entre as 100 anteriormente descritas.
O que mais chama a atenção na espécie é seu padrão de cores – entre marrom e bege – mas principalmente as formas irregulares das manchas, muito semelhantes às de uma onça pintada. A pigmentação da parte inferior da cabeça é variável. Possui grandes barbilhões que lhe servem como órgão sensitivo, cabeça achatada e maxila superior um pouco mais longa que a inferior.
Seu corpo é revestido de couro, apresentando uma longa nadadeira adiposa. O espinho da nadadeira peitoral é serrilhado em ambos os lados, sendo os olhos de tamanho médio. Esse peixe é onívoro, com uma clara preferência por outros peixes, crustáceos, insetos, restos vegetais e detritos orgânicos.
Alevinos dessa espécie suportam a transferência de água de 0%o a 10%o (água do mar), o que indica que essa espécie é estenoalina, suportando até 9,0 g/l de sal comum (NaCl) por 96 h. É uma espécie euritérmica, pois suporta temperaturas de 15 a 34°C.
O crescimento aumenta conforme o acréscimo da temperatura, principalmente nos primeiros anos de vida. A taxa de crescimento dos machos é maior que a das fêmeas até o terceiro ou quarto ano de vida, quando a situação se inverte, pois estas passam a crescer mais rapidamente. O comprimento calculado das fêmeas é de aproximadamente 67 cm e dos machos de 52 cm, sendo que o tempo de vida teórico das fêmeas é de 21 anos e dos machos 11 anos.
É uma espécie ovulípara e, na natureza, os cardumes desovam em locais com água limpa, calma e de fundo pedregoso. A maturidade sexual é atingida no primeiro ano de vida nos dois sexos. Os machos iniciam o processo de maturação gonadal com aproximadamente 14 cm e as fêmeas com 17 cm. A partir de 17 cm e 18 cm, todos os exemplares machos e fêmeas, respectivamente, estão potencialmente aptos para reprodução.
Não apresenta cuidado parental. Possui dois picos reprodutivos por ano (um no verão e outro na primavera) e desova múltipla, porém o período reprodutivo e os picos de desenvolvimento gonadal podem variar a cada ano e de um lugar para outro. Observações indicam que o crescimento de alevinos é rápido, já que atingem aproximadamente 5 cm de comprimento padrão com 30 dias de idade.
O comportamento reprodutivo se assemelha ao de muitas espécies de água doce. Essa espécie é ovulípara no habitat natural e, quando prontos para desova, grandes cardumes procuram lugares de água rasa, limpa, pouco corrente e com fundo pedregoso. Os ovos são demersais e não aderentes. Há um bom sincronismo entre machos e fêmeas na hora da desova, que ocorre logo ao amanhecer.
Onde encontrar
Bastante apreciado pelo sabor de sua carne, o Jundiá é encontrado na bacia Amazônica, sendo que um dos melhores locais para a sua captura a região ao norte do Mato Grosso, divisa com o estado do Pará. Vive em lagos e poços fundos nos rios, preferindo os ambientes de águas mais calmas e profundas, com fundo de areia e lama, junto às margens e vegetação. Esconde-se entre pedras e troncos apodrecidos.
Essa espécie se movimenta à noite e sai de seus esconderijos depois das chuvas para se nutrir dos escombros deixados ao longo dos rios. Em experimentos com larvas e alevinos dessa espécie em cativeiro, observou-se uma acentuada aversão à luz e busca de locais escuros.
O tamanho mínimo para captura é de 30 cm
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Jurupensém - Sorubim lima
Família: Pimelodidae
Características: Esta é mais uma espécie de bagre-de-água-doce. Em sua família estão incluídos mais de 90 peixes desprovidos de escamas – siluriformes –, desde espécies de pequeno porte até peixes que atingem mais de 2 m.
Eles podem ser facilmente reconhecidos pela ausência de escamas e por três pares de barbilhões bem desenvolvidos, sendo um par acima da boca e dois na região mentoniana (queixo).
O jurupensém é uma espécie de porte médio, que mede em torno dos 40 cm de comprimento total e pesa aproximadamente 1 kg. A cabeça é longa e achatada e seus olhos são posicionados lateralmente, favorecendo a visão.
Tem o corpo roliço coberto por pele, quase negro no dorso e que vai amarelando em direção ao ventre. Abaixo da linha lateral é esbranquiçado. Apresenta uma linha longitudinal no meio do corpo, que se estende do olho até a parte superior da nadadeira caudal., dividindo a área escura de seu corpo da clara.
Suas nadadeiras são avermelhadas ou róseas e seus barbilhões são compridos, chegando a tocar na metade do corpo. A nadadeira anal também é longa e grande. O lobo inferior caudal é muito mais largo que o superior. Possui espinhos nas nadadeiras peitoral e dorsal.
Hábitos: Espécie piscívora, alimenta-se principalmente de pequenos peixes de escamas, mas camarões e outros invertebrados também fazem parte de sua dieta. É muito comum servir de isca para pesca de peixes maiores.
Reproduz-se entre novembro e fevereiro, período em que realiza, junto com outras espécies, grandes migrações pelos rios da região em busca de lares de reprodução.
Curiosidades: Possui uma característica muito marcante: o maxilar superior é maior que a mandíbula e a boca é larga e arredondada. Por isso, é também conhecido como Bico-de-Pato.
Onde Encontrar: A distribuição geográfica deste peixe ocorre nas bacias do Prata, Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde formam grandes cardumes nos poços abaixo das corredeiras, alimentando-se de pequenos peixes e camarões.
Ele geralmente é encontrado nas proximidades da vegetação marginal, onde busca comida em pequenos cardumes. Vive no fundo dos rios, tem hábitos noturnos e pode ser encontrado durante o ano inteiro, sendo mais comum no início da cheias.
Na Bacia Amazônica pode formar grandes cardumes que sobem os rios no final da época seca e início da enchente, para desovar.
O tamanho mínimo para captura é de 35 cm.
Dicas para pescá-lo: Aumente a quantidade de peixes fisgados usando linhas multifilamento de 30 a 80 lb e anzóis circle hooks de arame fino, que, além de ajudar na hora da fisgada, evitam que o peixe engula a isca, facilitando a devolução do exemplar para a água.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Lambari - Astianax spp.
Família: Characidae
Características: peixe de escamas considerado a “Sardinha” da água-doce, tem o corpo alongado e um pouco comprimido, boca pequena em forma de ventosa e padrão de coloração que varia de acordo com as espécies. Apesar de raramente ultrapassar 10 centímetros de comprimento, é robusto e sua voracidade e tão grande que chega a grudar em pedaços de vísceras ou carne que estão submersas na água. Algumas espécies, por seu colorido, são muito valorizadas no mercado de peixes ornamentais. Dentre as centenas de espécies, a maior é o lambari-guaçu ( Astianax rutilus ), que pode chegar a 30 cm de comprimento. Prateado nas laterais e quase preto no dorso, tem um círculo avermelhado em torno dos olhos e o rabo vermelho, sendo também chamado de lambari do rabo vermelho.
Hábitos: a maioria das espécies se reproduz no início da primavera, com o começo das chuvas, e desovam em poças d’água às margens dos rios sendo uma das espécies mais prolíferas da natureza. Onívoro, seu cardápio é formado tanto por alimentos de origem vegetais quanto animais (crustáceos, insetos, algas, flores, frutos, sementes, etc). Apesar de seu pequeno porte, é considerado o maior predador dos rios justamente por devorar desova de outras espécies de maior porte – mas a natureza é tão perfeita que mantém esse ciclo em perfeita harmonia, pois comendo as larvas de outros peixes o lambari cresce e engorda servindo futuramente de alimento para espécies maiores.
Curiosidades: apesar de receber inúmeros nomes populares, chegando a atingir quase quatrocentas espécies, das quais muitas ainda nem foram catalogadas cientificamente, o lambari é sem dúvida a paixão dos aficionados pela pesca sendo muitas vezes o primeiro peixe fisgado pela maioria dos brasileiros que começam a praticar esse esporte.
Onde encontrar: chamado no nordeste do país de piava ou piaba, no norte de matupiris e nas regiões sudeste e centro-oeste de lambaris do sul, é encontrado em qualquer parte do Brasil. Visto sempre em cardumes na Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e Atlântico Sul, se espalha por todos os ambientes aquáticos, mas sua presença é mais notada nas margens de riachos rápidos, lagoas, represas, rios e pequenos córregos.
Dica para pescá-lo: na maioria das vezes estão localizados em água rasas e na flor d’água em busca de alimentos trazidos pela correnteza. Podem também ser encontrados na mata inundada quando ocorre a cheia dos rios.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Matrinxã - Brycon sp.
Família: Characidae
Características: O corpo comprimido tem formato fusiforme. A nadadeira caudal é levemente furcada e parte posterior, colorida de negro. A boca é pequena e terminal. Têm coloração prateada nas laterais, dorso geralmente negro e ventre branco. Atingem pouco mais de 4 kg de peso e 60 cm de comprimento total. São muito esportivos e propiciam grande emoções para quem se dedica a sua captura na pesca.
Hábitos: O hábito alimentar é onívoro. A dieta de matrinxãs consiste basicamente de folhas, frutos, sementes na cheia, pequenos peixes e outros animaizinhos durante a seca. A pequena boca está ornada com dentes com muitas saliências que cortam, rasgam, moem e assim permitem aos matrinxãs consumir diferentes e variados alimentos. Esse hábito possibilita usar vários tipos de iscas e equipamentos para pescá-los. Costumam nadar em pequenos e grandes cardumes, especialmente na estação reprodutiva. Vivem na coluna d’água, atrás de obstáculos como galhadas, pedras e vegetação marginal durante a seca, durante a cheia, nas matas alagadas, chamadas de igapós (jovens e adultos) nos rios de águas claras e escuras, e várzeas (larvas e filhotes) nos rios de água branca.
Curiosidades: Hoje, essa espécie rompeu os limites de seu berço de origem (a Bacia Amazônica) e pode ser encontrada em pisciculturas e lagos de pesca de todos estados brasileiros, com exceção da região sul. Apesar da transferência de espécies entre diferentes bacias não ser benéfica, um fator produtivo está justamente no hábito reprodutivo desses peixes. Por realizar migração reprodutiva (são reofílicos), não conseguem se reproduzir fora do ambiente natural e as desovas precisam ser induzidas mediante a aplicação de hormônios. Apresentam bom desempenho em cativeiro e aceitam bem rações de proteínas de origem vegetal, mais baratas.
Onde encontrar: Os matrinxãs jovens e adultos são encontrados naturalmente em quase todos os rios de águas claras e cor de chá, atrás de obstáculos semi-submersos como troncos, galhadas e pedras. A estação da seca é a época mais produtiva para sua captura, especialmente com iscas que imitam pequenos peixes e artrópodes como insetos e crustáceos. Hoje em dia são encontrados freqüentemente em pesqueiros por quase todos o país, desafiando a perícia de grande número de pescadores.
Dicas para pescá-lo: Os ataques dos matrinxãs costumam ser bastante rápidos e exigem muito reflexo do pescador, além de anzóis menores e bastante afiados.
Peixes das águas brasileiras
Clique aqui e conheça nossa Loja Virtual
Pacu - Piaractus mesopotamicus
Família: Caracídeos
Características: Conhecidos também como Pacus-Caranha e Caranhas, somente perdem em porte, na bacia do Prata, para Dourados, dentre os peixes de escama nativos. Atingem pouco mais de 80 cm e 10kg e existem relatos de exemplares com até 20 kg. As principais diferenças para as demais espécies da subfamília Mylenae são a nadadeira anal com menos de 27 raios, ausência de um espinho pré-dorsal e os primeiros raios das nadadeiras maiores que os medianos. As cores variam do castanho ao cinza-escuro, conforme a época do ano. Na época da cheia, quando eles entram em campos alagados, escurecem e empalidecem ao permanecerem nas calhas de rios, principalmente os de água branca. O ventre vai do esbranquiçado ao amarelo ouro. Às vezes, o dorso pode